sexta-feira, 8 de julho de 2011

Diogo Vasconcelos




1968-2011
«Nós somos o que partilhamos», Charles Leadbeater


Há alguma fórmula, método ou forma de pensar que propicie o aparecimento de novas ideias?

Em Where good ideas come from, Steve Johnson tenta encontrar essa resposta. E conclui que as boas ideias surgem quando diferentes intuições se confrontam. Como criar ambientes propícios a que tal aconteça? Um bom método é criar espaços para que gente com formações diferentes se encontre. Em Copenhaga, três ministérios criaram o MindLab, em que cidadãos são convidados a desenhar novos serviços públicos. A Google permite que os empregados usem vinte por cento do tempo a criar projectos além das suas funções - o Android nasceu assim. Ao contrário do que se ensina nas escolas de gestão, não é nas reuniões formais que se inova. A cafetaria da empresa é mil vezes mais importante do que a sala de reuniões.

Que conselhos daria aos empresários para terem sucesso?

Entrar num mercado em crescimento, onde seja possível fazer algo de verdadeiramente novo. Saber explicar a novidade em poucos segundos. Escolher uma boa equipa, começar pequeno, controlar bem os custos e a tesouraria. Escolher clientes exigentes. Não é um sprint, é uma maratona. Encarar cada «não» como uma pergunta. Ser flexível.

O que define e como se mede uma inovação?

Inovar é imaginar novos futuros possíveis. Quem inova é empreendedor e move-se pelo desejo de deixar uma marca. O economista austríaco Joseph Schumpeter foi o profeta da inovação. Destruição Criativa foi o nome dado a este processo de alterar o statu quo.

Uma inovação dá sempre dinheiro?

Não, inovar implica incerteza. Muitas inovações chegam antes do seu tempo. O primeiro tablet chamava-se Newton, foi lançado pela Apple em 1989 e foi um flop. Doze anos depois, o iPad conquista o mundo.

(excerto de entrevista no Notícias Sábado)

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